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quinta-feira, 12 de março de 2009

IDOSO: DEPENDÊNCIA OU INDEPENDÊNCIA, UMA QUESTÃO A SER ENFRENTADA

Todo ser humano é educado e orientado, desde a infância, para conquistar a independência. O bebê nasce totalmente dependente. Vai crescendo e adquirindo segurança, nos mais diferentes aspectos e habilidades. Então, a dependência cede lugar à competência. Na velhice a situação de dependência retorna em decorrência de doenças, falta de condições materiais adequadas (fome, pobreza, abandono, maus tratos) dificuldades de relacionamento com familiares.
A dependência pode se apresentar em diferentes graus (baixa, média e elevada).
Uma velhice ativa resulta de vários fatores: atividade física, alimentação saudável, abstinência do fumo e do álcool, uso correto de medicamentos.
É importante que estes cuidados comecem desde cedo, mas mesmo para quem teve uma maturidade desregrada, não há impedimento de começar estes cuidados em fase de envelhecimento mais adiantada. Daí, a importância de planejar a velhice, pois mesmo com todos os cuidados que possam ser desenvolvidos, é importante admitir que as restrições ocorrem com a idade, naturalmente e para todos. A aceitação desta situação é importante por parte do idoso que na maioria das vezes não quer atrapalhar a vida dos filhos, não quer ser um fardo e por isto não pede nem aceita ajuda.
A preparação para esta fase não se refere só às condições de saúde, mas às condições materiais e físicas. Aqueles que possuem melhores condições financeiras, podem se preparar para enfrentar a velhice tendo a possibilidade de contratar cuidadores, ou de viver em casa geriátricas, com boas condições de vida, se assim o desejarem.
As famílias hoje são diferentes das famílias de outras décadas em vários aspectos. As casas grandes cederam lugar a espaços menores, o número de filhos diminuiu, as mulheres também ingressaram no mercado de trabalho, os jovens têm que estudar, assim quem cuida do idoso? Muitas vezes aquele que tem família se encontra praticamente na mesma situação do que não tem.
Ambientes físicos podem restringir a autonomia da pessoa em processo de envelhecimento. Pessoas que moram em locais com mais barreiras à mobilidade, estão mais propensas ao isolamento e depressão.
As condições econômicas, o acesso a medicamentos, proteção social com planos de saúde vão dar melhores condições ao idoso.
É importante, independente do grau de dependência física e econômica que o idoso tenha atenção e carinho o que , certamente, lhe proporcionará melhores condições de aceitação da situação que estiver vivenciando, procurando a família ou quem o cuide de fazer com que o mesmo não se sinta um peso, principalmente se for dada oportunidade de colaborar com aqueles que o cercam através da utilização da experiência adquirida ao longo dos anos,fazendo com que se sinta valorizado e respeitado. Muitas são as pessoas que reduzem determinadas capacidades, mas podem mesmo assim colaborar com os outros, fazendo-os sentirem-se úteis, respeitados, valorizados.
O acolhimento, o carinho e a paciência no trato diário são importantíssimos, tanto quanto os cuidados técnicos para dar tranqüilidade e segurança emocional.
A IMPORTÂNCIA DO COMPONENTE EMOCIONAL PARA UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Desde que a sociedade despertou para as mudanças que estão ocorrendo com relação ao envelhecimento da população, que os estudos têm sido intensificados visando promoção e aprimoramento da qualidade de vida nesta fase.
Não existe fator único, nem um fator preponderante capaz de determinar a qualidade de vida, das relações e, consequentemente, um envelhecimento equilibrado, saudável e prazeroso. A longevidade está associada a múltiplos fatores como não fumar, não beber, dormir um número satisfatório de horas, visitar regularmente um médico entre outros.
É fundamental a boa alimentação, com adoção de uma dieta rica, variada, equilibrada associada à prática regular de exercícios físicos, orientados e adequados à idade e ao quadro porventura apresentado.
O aprimoramento contínuo, a leitura, a atividade intelectual, a aquisição de novas habilidades, o desenvolvimento de tendências ou preferências artísticas, culturais como canto, dança, pintura, escrita assim como a manutenção de atividades sociais são de suma importância para a ocorrência de um envelhecimento pleno de bons momentos, que contribuam para elevação da autoestima, para reforçar a sensação de pertencimento (ao grupo familiar ou grupo social) para a melhoria dos relacionamentos com a troca constante que ocorre na vida partilhada proporcionando alegria, felicidade que serve para aumentar a imunidade do indivíduo.
Nem todos os indivíduos longevos gozam de boa saúde, equilíbrio, autonomia, condições financeiras, suporte familiar, mas mesmo entre àquelas de maior carência, há as que têm forte capacidade de resiliência e conseguem suportar e mais do que isto, superar as dificuldades com habilidade, sabedoria, resignação, alegria de viver, componentes importantes que levam cada um a multiplicar energias positivas através de atitudes altruístas (perdão, auxílio aos necessitados, atividades junto às entidades assistenciais, religiosas, filantrópicas), tudo isto aliado a um componente importante que é o bom humor. Hoje, profissionais da área da saúde (medicina, psiquiatria, psicologia, fisioterapeutas, enfermeiros, gerontológos) confirmam a existência de forte relação entre bom humor e saúde.
O bom humor é uma virtude característica das pessoas alegres, de bem com a vida, que enfrentam as dificuldades com leveza, que se despojam das mágoas dos rancores e de qualquer carga negativa. São pessoas que sempre tem um olhar tolerante para consigo mesmo e para com os outros, aceitando as adversidades com mais paciência, que são capazes de rir de si mesmo, das dificuldades, cientes de que nada é eterno (nem as alegrias nem as tristezas) de modo que procuram passar pelas etapas mais difíceis que se apresentam com mais desapego, menos peso interior o que certamente, proporcionará que a carga a ser suportada seja mais leve, mais fácil de carregar. Quem não desenvolve tal tipo de conduta, não tem este perfil, é de suma importância que aprenda, pois tudo é uma questão de aprendizado, inclusive o ser ou sentir-se feliz. É questão de aprender a olhar para “o que” e “para quem” o cerca, valorizar aquilo que possui, as coisas que realizou, ciente que sempre a situação poderia ser pior e que é a maneira que enfrentar cada situação que dará a real dimensão que ela terá para cada um.
Fonte: http://gballone.sites.uol.com.br/psicossomática/bomhumor.html
PREVENÇÃO DE QUEDAS NA TERCEIRA IDADE


Uma das limitações que acometem o idoso é àquela referente à mobilidade. As articulações não têm mais o mesmo vigor da juventude, ao se locomover ele não faz com a mesma agilidade. Os pés não levantam do chão como na idade adulta. Isto muitas vezes leva à queda que é um dos principais problemas que compromete a saúde do idoso e repercute negativamente na sua qualidade de vida, uma vez que gera insegurança, medo, preocupação para os familiares e para ele próprio. Cerca de 30% dos idosos tem uma queda por ano. Se mais do que isto ocorrer é necessária maior investigação, pois várias determinantes poderão estar ocorrendo simultaneamente, isto é, além do aspecto deficitário relativo à idade, como fragilidade óssea, deficiências sensoriais (visão, audição), outros fatores relativos às doenças podem ocasionar quedas, tais como problemas ortopédicos (calos, unhas encravadas), labirintites, Parkinson, isquemias cerebrais, problemas cardiovasculares, de postura (coluna) diabete, demências.
Outro fator desencadeante de quedas está relacionado ao tipo de habitação, pois grande número delas ocorre no ambiente doméstico, em sua grande maioria quarto, banheiro e cozinha, pela inadequação do ambiente como escadas sem corrimão, piso encerado e com desnível, tapetes soltos, grande quantidade de móveis tornando os espaços de circulação muito apertados, banheiros apertados, sem barras para o idoso se apoiar.
Como prevenção deve-se eliminar os fatores acima mencionados, primeiro com atividade física ou fisioterapia para reduzir a incidência de quedas por falta de força muscular ou falta de equilíbrio, evitar medicamentos que possam causar hipotensão, como remédios hipnóticos utilizados para dormir e por fim adequar o ambiente caseiro,
Com a colocação de pisos antiderrapantes, eliminação de tapetes, colocação de corrimão nas escadas, barras de apoio, deixar o ambiente iluminado à noite, principalmente entre o quarto e o banheiro o que proporciona mais segurança. Orientar o idoso para levantar-se da cama calmamente e não de maneira abrupta,, evitar de transitar por locais úmidos ou molhados e se o fizer que seja com muito cuidado .
O conhecimento de pequenos detalhes que podem parecer banais é muito importante para reduzir o número de quedas que além de ser um indicador da fragilidade do idoso, ao ocorrer podem vir a reduzir sua independência e autonomia, que são condições importantes na manutenção da qualidade de vida e do bem estar.
Estatísticas demonstram que 25% das quedas ocorrem aos 70 anos, 35% aos 75 anos. Com relação ao sexo feminino o maior índice ocorre até 75 anos. Ocasionam com maior freqüência fraturas de fêmur de pulso, quadril e costelas.
É importante, então, observar por onde caminha, andar devagar, usar sapatos com sola de borracha, não usar chinelos, não colocar armários altos para não ter de subir em cadeiras, não ter vergonha de usar bengala, se for necessário para ter mais segurança.
Consultar regularmente um oftalmologista é interessante, pois pode ocorrer queda por visão deficitária, por óculos com grau inferior ao necessário.
Todo o cuidado deve ser com a finalidade de evitar quedas, porém elas ocorrendo é importante reduzir o impacto. Em caso de tontura a medida é abaixar-se, agarrar-se a corrimão, encostar-se em algo que dê sustentação e evite grandes impactos.
É comum o idoso não dar importância às ocorrências, até para não perturbar o sossego de familiares por não desejar importunar ou dar idéia de maior fragilidade. É errada a conduta. Uma vez havendo a queda é importante consultar um profissional, verificar se houve fraturas, não se automedicar para não mascarar a situação real.
A consciência das próprias limitações fará com que o idoso as respeite e se proteja.
Embora pareça mais dispendioso a adequação prévia dos ambientes é necessário não só para quem vai construir um imóvel já em idade mais avançada, mas na adequação do ambiente, com simples modificações, como já citamos acima e outras como evitar prateleiras de vidro, cadeira muito baixas, mesas com tampos de vidro, ambientes de pouca iluminação, cortinas muito compridas, mantas com pontas para fora das cadeiras, colchas longas até o chão, enfim coisas que possam embaraçar a locomoção.
Prevenir é a melhor conduta para o idoso e para os familiares. É importante não deixar ocorrer para depois sanar as irregularidades.
EUTANÁSIA

“Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (...) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver”.
Santo Agostinho


Em grego significa boa morte. No século XVII passou a ser entendida também como auxílio para minorar um sofrimento demasiado.
É considerada a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um médico.
Por suas implicações com a ética, o direito, a religião gera muitas opiniões controversas.
Há os que defendem o direito à morte com dignidade, evitando a dor daqueles que se encontram em fase terminal, vivendo sem qualidade de vida e acima de tudo sem possibilidades de uma reversão do quadro.
Os argumentos contrários invocam a religião, a ética, levando em conta que a vida só pode ser tirada por Deus, não cabendo aos homens tal decisão.
Do ponto de vista médico e legal a eutanásia é considerada homicídio. Na Holanda é legalizada.
A Eutanásia pode ser dividida em dois grupos, a eutanásia ativa e a eutanásia passiva. A primeira é uma ação ou conjunto de ações com o fim de por termo à vida do paciente, empreendida pelo pessoal médico ou por alguém que está a serviço do próprio paciente. È um ato deliberado de provocar a morte com finalidade misericordiosa. A segunda modalidade ou passiva não provoca deliberadamente a morte, entretanto, com o passar do tempo, em virtude da interrupção dos cuidados médicos ou da administração medicamentosa, o enfermo vem a falecer. É também chamada de eutanásia indireta. Não há uma ação que provoque diretamente a morte, mas também não há nenhum ato que a impeça.
È importante estabelecer a diferença entre eutanásia e suicídio assistido, pois neste caso é o próprio doente que provoca a sua morte, ainda que para isso tenha a ajuda de terceiros.
A eutanásia é considerada de “duplo efeito” quando a morte é acelerada como conseqüência indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal.
Levando-se em conta a vontade do paciente podemos considerá-la:
Voluntária-quando é provocada atendendo uma vontade expressa pelo doente;
Involuntária-quando é provocada contra a vontade do paciente;
Não voluntária-quando a morte é provocada sem que o paciente tenha manifestado sua posição em relação a ela.
É válido ainda ressaltar outros conceitos como o de DISTANÁSIA que é o oposto de Eutanásia, pois defende que devem ser utilizadas todas as possibilidades para prolongar a vida do paciente ainda que a cura não seja uma possibilidade e o sofrimento seja por demais penoso.
A ORTOTANÁSIA defende o reconhecimento do momento da morte natural do indivíduo não se realizando nenhum procedimento para manter ou prolongar a vida do doente terminal. Podem se adotadas medidas paliativas com o intuito de minorar o sofrimento, como no caso de prescrição de sedativos. Difere da Eutanásia passiva pois nesta são adotadas medidas por um tempo e depois são interrompidas.
A verdade é que se trata de um assunto extremamente polêmico pelo fato de tratar do bem maior que qualquer ser humano dispõe, ou seja, a vida que é considerada um DIREITO FUNDAMENTAL, ou direito humano de primeira geração, estabelecido em normas de direito internacional e reconhecido pela maioria dos povos.
Envolve como já dissemos questões de ordem religiosa, ética, lega e moral. Encontra-se até nas escrituras passagens que são consideradas de auxílio à boa morte.
Não dá para desconsiderar que é possível qualquer indivíduo ter uma opinião formada, com bom embasamento, forte convicção a qual pode ser alterada quando se depara com a situação na própria família, com um ente querido. Uma coisa é um pensamento sobre determinado assunto sem qualquer envolvimento afetivo ou emocional. Isto nos conduz à idéia de que é necessária a compreensão e aceitação da possibilidade de algo neste campo acontecer é possível para qualquer um. Importante, então, é procurar se esclarecer e saber que mudar de opinião é possível, viável e permitido e isto exige conhecimento. Temos que considerar sempre que há avanços constantes e sistemáticos na área da medicina, e por isto mesmo hoje se vive mais e com melhor qualidade de vida.
Poderíamos até estabelecer situações nas quais a eutanásia poderia se encaixar como uma solução misericordiosa, quando o indivíduo estivesse cansado de viver e suplicasse por isto,quando em coma irreversível, ou até pela alegação de direito de dispor da própria vida. Mas há situações que são desesperadoras e por motivos inexplicáveis à luz da ciência são revertidas. Há quem prefira viver a qualquer preço, que não se desapegam, independente do tipo de vida que levam. Mas também como classificar a vida de outrem sob o prima de convicções pessoais, sob a ótica pessoal e não a do outro?
A prática é condenada por lei, vai contra ao juramento prestado pelos profissionais e é declarada inadequada desde 1987 pelo Tratado de Madri.
Assim sendo deve-se reiterar sempre medidas que venham beneficiar o paciente proporcionando-lhe mais conforto, mais esperança e prolongamento da vida pensando sempre nas inúmeras possibilidades que se abrem em função de pesquisas. Hoje, já são adotadas práticas alternativas, até mesmo dentro de hospitais, visando proporcionam uma gama maior de possibilidades de acordo com a enfermidade e a necessidade de cada um.
Fonte:http://pt.wikipedia.org
http://eutanasiaedistanasia.blogspot.com/
http://www.ufrgs.br/bioetica/eutanasia
http://www.direitonet.com.br/artigos
A INFLUÊNCIA DA GENÉTICA NA PERSONALIDADE

“Eu sou eu e minhas circunstâncias”
Ortega y Gasset


Vamos começar, para um melhor entendimento dizendo que genética é a ciência biológica que estuda a hereditariedade e a evolução dela nos seres organizados.
A genética comportamental é uma disciplina científica que estuda os mecanismos genéticos e neurológicos envolvidos em diversos comportamentos animais e humanos. É considerada como uma área de intersecção entre a genética e as ciências do comportamento.
A engenharia genética dá os elementos necessários ao estudo do comportamento associado à genética molecular. Permite identificar genes capazes de modular certos comportamentos e sobretudo de entender como os genes interagem com o ambiente na formação de traços normais e patológicos da personalidade humana
Correntes de estudiosos consideravam que os aspectos físicos e psíquicos do indivíduo são determinados pela genética. Eram difusores da onipotência genética. Características como descontrole emocional, tolerância à frustração resistência ao estresse são influenciados pelo DNA,mas não é só a genética que deve ser considerada. Há outros elementos que determinam o comportamento, como afeto, medo, experiências negativas bem como experiências positivas como infância segura, pais amorosos, família estruturada, sensação de proteção aliada à liberdade de exprimir sentimentos, afetos, opiniões, ou seja, espaço e condições favoráveis ao desenvolvimento sadio .
Quanto melhor forem as experiências afetivas, sociais e ambientais melhores condições de serem abafadas determinadas cargas genéticas, mais apto o indivíduo estará para tolerar as frustrações. Com isto não dá para dissociar que o fator genético bem como as vivências, as interações com os outros indivíduos modulam o comportamento humano.
A genética pode não ser a única determinante no comportamento humano, mas pode influenciar nas escolhas.
Ocorrem situações em que a predisposição para certas enfermidades é maior em função dos genes como na depressão que decorre de predisposição genética e situações estressantes como desemprego, doenças graves, problemas financeiros, perdas.
Em 1996 foi identificado o GENE S-HTT responsável pela codificação da proteína transportadora do neurotransmissor SEROTONINA que produz a sensação de bem estar, de prazer. A quantidade de serotonina no organismo será o que vai determinar se o indivíduo vai ser mais ou menos ansioso, negativo ou otimista. O Gene S-HTT curto vai ser o indicativo de pessoas mais introspectivas, mais propensas à depressão, a alimentar pensamentos negativos.
Em 1996 a codificação do gene DRD4 (neurotransmissor da DOPAMINA) denominado como gene da curiosidade forneceu dados a respeito do déficit de atenção e hiperatividade. Também o funcionamento da amígdala é a estrutura responsável pelo processamento das emoções. O Genótipo (amígdala mais hipocampo indicam como o indivíduo regirá à adversidade (perdas, crises graves)).
Uma nova teoria neste campo fala que as proteínas que são produzidas pelos genes se modificam do nascimento até a morte.
Com estes avanços na engenharia genética, na genética comportamental verifcou-se que a predisposição genética e as influencias ambientais transformam o cérebro.
Hoje já se fala em Epigenética que é área de estudo da Biotecnologia que estuda como os fatores internos e externos influenciam na genética.
Esta área esta em constante evolução, com cada vez mais descobertas importantes que poderão determinar curas, prevenções, elucidações na definição de patologias e conseqüente evolução nos tratamentos, mas apesar de tudo isto não dá para negar que tudo isto poderá ter peso diferente, maior ou menor de acordo com as situações vivenciadas pelos indivíduos, com a qualidade das relações sociais estabelecidas e com o afeto recebido que têm importância vital para o funcionamento do cérebro e em decorrência para o comportamento, adaptação, saúde , aquisição de qualidade de vida,prevenção de enfermidades e longevidade .


Bibliografia:

CALEGARO, Montarroyos, Marco, MSC-Psicologia Evolucionista na Clínica: Genética Comportamental
-Psicologia e Genética: O que causa o comportamento

Maria de Fátima M. Caldeira e Silva e Daniela Cristina Millan- Os caminhos da Psicologia pela genética: as interfaces dessa parceria.
COMPULSÃO


Os comportamentos compulsivos são condutas, impulsos, de caráter patológico não controlável pelos indivíduos que os apresentam, seguidos de uma gratificação emocional, normalmente alívio de ansiedade ou angústia. Estão, portanto, ligados ao prazer. O prazer inicial dá lugar à obrigação. É uma forma de esquecer, compensar, disfarçar problemas não enfrentados, não elaborados e em conseqüência não solucionados.
Existem várias manifestações de comportamento compulsivo. Uns podem compensar frustrações na comida, outros na bebida, ou na droga, nas compras e até no sexo compulsivo.
Os fatores desencadeantes são de ordem psicológica em virtude de acontecimentos da vida, de perdas, de carências afetivas que acabam por se refletir no comportamento.
O comportamento compulsivo ocorre em virtude do indivíduo buscar o prazer, embora posteriormente esta conduta o faça sentir-se culpado. É decorrente de um pensamento obsessivo. Alguns estudiosos dizem haver um componente social associado à compulsão devido às inúmeras solicitações que a pessoa recebe, da sobrecarga emocional, quer no campo afetivo não resolvido, no âmbito familiar, na sobrecarga de trabalho, nas exigências impostas pela sociedade, pela mídia, exigindo que todos se comportem de acordo com determinados padrões, que acabam causando um “engessamento” que dá a sensação de perda da liberdade.
Interessante destacar que em geral, dentre os comportamentos compulsivos mais comumente apresentados a obesidade parece ser a mais estigmatizada. A sociedade considera o usuário de droga, de bebida, de cigarros e até o consumidor compulsivo com mais tolerância. São considerados enfermos com necessidade de tratamento, pois a compulsão pode ser tratada tanto por psicoterapia comportamental e farmacológica através da indicação de antidepressivos visto que existe estreita ligação entre a compulsão e a depressão.
O obeso é considerado preguiçoso, folgado, desleixado, tendo dificuldades para conseguir emprego, recebendo inclusive remuneração inferior ao não obeso conforme pesquisas realizadas por agências especializadas, além da dificuldade de manter relacionamentos saudáveis.
Com relação à obesidade que é considerada uma epidemia mundial, além do aspecto emocional há que ser considerada, também a herança genética além da quantidade e qualidade da comida ingerida. Há muitas pessoas que não sabem a forma correta de alimentar-se e outros que cedem aos apelos comerciais, ingerindo excessivas quantidades de fast-food, o que já foi até objeto de estudo apresentado em filme, comprovando a alta quantidade de calorias ingeridas.
A obesidade mórbida compromete não só a aparência, como a saúde em geral. É um dos casos de grande incidência de mortalidade, embora não apareça diretamente nos laudos em virtude do óbito ocorrer pelas complicações por ela ocasionada, como hipertensão arterial, problemas cardiovasculares, diabetes.
A qualidade de vida do obeso é péssima, embora no geral possam aparentar serem pessoas alegres, sorridentes, simpáticas, na verdade isto é uma forma de disfarçar o sofrimento interior, na busca por aceitação. Na realidade possuem a autoestima precária, são interiormente tristes, culpados por não conseguirem vencer as próprias limitações. Forma-se um círculo difícil de romper.
Para romper este padrão de comportamento, além do acompanhamento psicológico no qual o indivíduo vai buscar o autoconhecimento, para viver de uma forma mais saudável e equilibrada, com menos fantasmas do passado, com menos angustias e estresses e necessária uma mudança no padrão comportamental, ou seja, adquirir novos hábitos. Não existe mágica, mas trabalho, força de vontade, perseverança.
Inicialmente tem que haver vontade de mudar, começando por mudar os hábitos alimentares com o auxílio de um profissional, médico ou nutricionista ou ambos, a mudança do ritmo de vida, deixando espaço para si mesmo, para estabelecer uma rotina agradável que atenda às necessidades, inclusive emocional. Inclui também a prática habitual de exercícios físicos compatíveis com o gosto e as necessidades, orientadas por um profissional da área e que pode ser desenvolvida de várias formas, não só nas academias. Levar a vida com mais leveza, mais bom humor, se proporcionado atividades prazerosas (como atividades ligadas a arte, a música, a dança, yoga, meditação, massagem) proporcionando-se momentos de prazer que permitirão a troca do objeto da compulsão por outras coisas que proporcionem prazer.
É importante cercar-se de pessoas que possam ajudar e não prejudicar o tratamento ou o processo pessoal de mudança. Pessoas depressivas, amargas, pessimistas, negativas, excessivamente críticas assim como aqueles que sufocam a pessoa não deixando espaço para que elas se expressem não são boa companhia.
O contato com a natureza e o uso de terapias alternativas também é um excelente auxílio para vencer a compulsão.
Desta forma será mais fácil atingir o equilíbrio emocional que proporcionará menos culpas, assumindo mais responsabilidade por si mesma, deixando de assumir responsabilidade por todos que o cercam acreditando poder resolver seus problemas o que induz à frustração e culpa, pois não é tão onipotente quanto se imagina.
O equilíbrio proporciona que as atitudes ocorram dentro dos parâmetros de normalidade fazendo com que ao invés “de comer os problemas” eles sejam resolvidos deixando de ser motivo de desprazer e indutor de condutas prejudiciais entre as quais o medo de sucesso que faz com que a pessoa se boicote.
É sempre bom lembrar que não podemos consertar o mundo, mas podemos consertar a nós mesmos.Consertando o homem, talvez consigamos consertar o mundo e assim atingir a tão almejada paz de espírito.

RESILIÊNCIA


Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
(Titãs)

É um termo utilizado em física para designar a capacidade que alguns materiais possuem de voltar ao normal, após serem submetidos a grandes impactos de temperatura, pressão e deformação.
Nas ciências exatas existe uma fórmula matemática capaz de relacionar tensão e deformação fornecendo com precisão a resiliência dos materiais.
Diferentes materiais apresentam diversos modos de resiliência. Esta explicação inicial é para melhor entendermos a significação do termo, interessa-nos entretanto, o termo RESILIÊNCIA na acepção enfocada pela Psicologia que inicialmente tinha como enfoque ou objeto de estudo a compreensão e tratamento das patologias.
Martin Seligman a partir de artigos escritos em 1998 entendeu ser necessário mudar a visão da Psicologia passando a ressaltar os aspectos positivos dos seres humanos, como suas motivações e capacidades. Ao invés de se focar na depressão, ansiedade, angústia, agressividade, o interesse passou a ser a compreensão dos fenômenos psicológicos como felicidade, otimismo, altruísmo, esperança, alegria, satisfação, conforme cita M.A. Yunes em seu artigo Psicologia Positiva e Resiliência.
. Interessante é a definição do dicionário de língua inglesa, datado de 1995(Longman) que define como “habilidade de voltar rapidamente para seu usual estado de saúde ou de espírito depois de passar por doenças, dificuldades: resiliência de caráter” Na segunda acepção “é a habilidade de uma substância retornar à sua forma original quando a pressão é removida: flexibilidade” ainda do artigo supra citado.
Nas Ciência Humanas e no Brasil é um termo utilizado há pouco tempo (cerca de 30 anos) e por isto parece ainda restrito aos meios acadêmicos e específicos. Pode se referir à resiliência da pessoa, da família, de comunidades ou até de povos cuja capacidade de suportar grandes tragédias e posteriormente se recuperar e empreender processos de desenvolvimento.(Ex. Japão pós Guerra,cidades devastadas por terremotos, inundações,tsunamis)
O termo inicialmente era tido como sinônimo de invencibilidade ou invulnerabilidade.
A resiliência é entendida , hoje, como a capacidade de lidar com os problemas,habilidade em superá-los transformando-se para melhor, o que, sem dúvida, não significa não ser atingido .É, em resumo ,a capacidade de resistir e crescer em meio aos problemas. Tem mais de flexibilidade no conceito, do que invencibilidade ou invulnerabilidade.
Este termo pode ser empregado também na pedagogia, quando se refere aos estudos com crianças que enfrentaram grandes adversidade no seio familiar e mesmo assim conseguiram resultados positivos em seu desempenho escolar.
Enquanto alguns submergem em meio às dificuldades outros superam e tiram proveito das condições adversas, não se tornam vítimas, não atribuem culpa aos outros nem a si próprio e utilizam tais obstáculos como trampolim para o crescimento.
Pode ser consciente ou não. Pode ser inato como pode ser desenvolvido, cultivado desde a infância, pelo incentivo e apoio daqueles que cercam a criança, pode ser aprendido pelo exemplo.
Em geral são pessoas que parecem levar a vida e o enfrentamento dos problemas de uma forma mais leve, mais bem humorada, com o entendimento de que nada é eterno, ao contrário, tudo é mutável, a exemplo do próprio ser humano que nasce indefeso, tem que aprender tudo para sobreviver desde comer, andar, falar, passando por vários estágios, como a infância, adolescência, a vida adulta, ou maturidade, a velhice ciente de que em todas estas etapas é necessário aprendizado, troca de experiência, o que pressupões estar aberto para o convívio que fortifica. Para um melhor convívio é necessário flexibilidade nos posicionamentos, troca, o que é fruto do desapego, que implica em não querer ser sempre o centro, ter sempre razão, querer tudo para si. Em decorrência podemos dizer que são pessoas que demonstram equilíbrio nas emoções,que sabem controlar impulsos que tem objetivos, que sabem avaliar as situações antes de empreenderem uma tarefa , analisam os fatores que envolvem, as vantagens e riscos assumindo assim os resultados , bons ou maus.
A resiliência pode ser desenvolvida , aprimorando qualidades, mudando modos de vida, empreendendo melhor relacionamento com as pessoas, sabendo posicionar-se em meio aos problemas, analisar fatores desencadeantes de situações estressantes, para evitar conflitos maiores.
É importante: aceitar ajuda e suporte de pessoas próximas , que revela humildade, consciência de que precisamos dos outros;
Mudar a maneira de encarar situações de conflito, pois elas acontecem, independente de nossa vontade ou do que possamos fazer para evitá-las. Nestas situações procurar entender os próprios sentimentos, trocar experiências, verbalizar os temores, valorizar o apoio espiritual.
Ter sempre em mente a perspectiva do futuro. Os problemas não duram para sempre. E o futuro vai depender da posição assumida agora, no presente.
Ter calma. Valorizar as pequenas vitórias. Ter confiança na própria capacidade de resolução de problemas .
Ser tolerante, saber aceitar os fatos, procurar agir com cautela, pois também somos responsáveis pelo exemplo que vamos passar àqueles que dependem de nós ou que se espelham em nosso comportamento.
Entre os resilientes idosos os que melhor vivem são aqueles que cultivaram uma expressão artística e aprofundaram a espiritualidade fazendo-os mais fortes para enfrentar as limitações e dependências próprias da fase, sem se afundarem em sentimentos negativos e tendo sempre uma visão positiva da realidade e uma expectativa de futuro, um olhar de esperança, uma atitude de congraçamento com as pessoas, estreitando relações, procurando se comunicar melhor e interagir mais e melhor.
A atitude familiar é importante dando suporte ao idoso e entendendo que a resiliência não se mantém constante, ela pode variar de intensidade e é nestas horas que o carinho, o amor, a compaixão, a solidariedade devem ser intensificadas, mostrando ao idoso que todos podem encontrar em seu interior forças para superar dificuldades e que às vezes quem está de fora pode ver melhor e perceber coisas que aquele que está imerso nas dificuldades não consegue perceber. Isto significa que aceitar ajuda não torna ninguém dependente ou demonstra sinal de fraqueza, mas é isto sim, sinal de aceitação, humildade e sabedoria.
A resiliência vai se instalar como resultado de múltiplos fatores, de uma visão positiva, do apoio recebido, da maneira de cada um se posicionar frente aos fatos negativos, do amor, da autoestima, do desapego, da fé em si mesmo, nos outros e em uma força maior, em Deus, independente de qual religião possa professar.
FESTAS DE FIM DE ANO


É chegado o final de ano. Começa um período de euforia para uns, para outros de angústia, de uma certa tristeza.
A ordem geral é de alegria, de consumo. A exigência: ser feliz. Isto é o que parece ser a chave do problema para algumas pessoas. É impositivo, através dos apelos comerciais, dos símbolos natalinos, das músicas, da febre consumista, o que não deixa espaço para o individual, ou seja, para cada um passar o período a seu modo, de acordo com sua maneira de ser, sua exigência interior, e de acordo com o momento da vida que esteja passando.
Muitas pessoas perderam entes queridos há pouco tempo ou estão com problemas familiares, de saúde, financeiros ou ainda de outra ordem. O natural, o normal, o saudável é que chorem as perdas, que as elaborem para depois poderem seguir a vida de forma saudável. Como exigir, então, felicidade, alegria, comemoração de forma indiscriminada, apelativa, taxativa e ditatorial?
É necessário respeito para com cada pessoa.
Há que se considerar que alguns gostem de grandes festividades, badalações, outros, podem estar feliz, em paz, mas preferem passar a data de outro modo, aproveitando-a para retiro, reflexão, espiritualidade.
A felicidade não é um conceito único. Cada um pode ser e estar feliz a seu modo. Uns valorizam a saúde, outros a paz conquistada, outros a colocam na realizam profissional outros na felicidade dos filhos, ou um pouco de cada um destes itens e nem sempre (aliás, dificilmente) todos estejam em ótima situação. Para saúde de todos é necessário perceber que a felicidade não é estar tudo ótimo, não é não ter problemas, mas saber administrar os problemas e crescer apesar deles.
Em função de toda esta pressão coletiva, as pessoas mais fragilizadas, ou cujo calendário interior não estejam em consonância com o calendário real, passam a sofrer de uma enfermidade que se dá o nome de dezembrite, ou seja, uma depressão de final de ano contrastando com a felicidade geral.
É época que as pessoas viajam para rever familiares, para passarem juntas as datas comemorativas, entretanto nem todos enfrentam bem o reencontro com determinadas pessoas ou lugares, que muitas vezes fazem lembrar situações sofridas vividas anteriormente. Passam bem o restante do ano, porque à distância os fortalece, na medida em que se aproximam ficam mais fragilizados. Há sintomas de depressão, em muitos casos induz às atitudes extremas e descontroladas como o suicídio.
Portanto, para o equilíbrio das pessoas, para a saúde mental de todos é necessário respeito e compreensão com a situação de cada um. Que cada um possa passar o período da maneira que lhe satisfaça, sem que isto seja motivo de transtorno ou conflito familiar. Festa para quem quer festa. Retiro para quem precisa, respeito por cada um e PAZ para todoso esteja em consonsoas mais fragilizadas, ou cujo calendescer apesar deles.
Texto elaborado por ocasião do encerramento das atividades de 2007
A MORTE

É um assunto difícil. Remete o ser humano a um de seus maiores medos, senão o maior. Não é raro encontrarmos crianças a questionarem sobre a morte, tanto a sua, como a de seus entes queridos. É angustiante para ela, como para os adultos, por aflições naturais, insegurança ,angústia e desconhecimento.
Como desde o nascimento a única certeza que existe é a morte, cada pessoa
deveria procurar viver cada dia de sua vida com mais intensidade, buscando nas vivências diárias gratificações que gerassem sensações de plenitude e felicidade. Enquanto crianças, a angústia é momentânea. Na adolescência parece algo distante, até pelo sentimento de onipotência que caracteriza tal fase da vida. Na idade adulta, são tantos os compromissos, os afazeres, os objetivos, envolvimentos que não há tempo para pensar na morte.
A vida intensa de cada pessoa não permite fazer ligações ou conexões com a morte, com sentimento de perda, a não ser em casos extremos, quando a ordem natural da vida parece inverter-se e ocorre a perda de alguém jovem. Quando um idoso morre, apesar do sofrimento, é mais facilmente elaborada tal perda, por fazer parte do ciclo natural da vida que assim se completa. Ninguém vive para sempre. Todos morrem. Os velhos morrem. Quando a pessoa chega à meia idade e constata que já viveu dois terços da vida é que começa a inquietude com relação à morte, porque outros fatos correlacionados o remetem a ela, quais sejam a aposentadoria, o encerramento do ciclo produtivo, a ociosidade, a independização dos filhos e sua conseqüente saída do lar, o declínio das capacidades físicas, perda de parentes e/ou amigos com idade semelhante ou um pouco mais avançada, fazem com que ele tenha consciência de que já não lhe resta tanto tempo para viver. É um momento que dependendo da estrutura emocional de cada um, dos laços que estabeleceram ao longo da vida, da maneira como vivem, pode haver uma depressão acentuada se o saldo não for positivo, se não construiu teias capaz de sustentá-lo nesta fase.
Para outros, pode ser um momento positivo de reflexão que o induzirá a atitudes e vivências prazerosas, gratificantes, procurando desfrutar com prazer todas as regalias desta nova etapa, como empregar o tempo livre para atividades enriquecedoras, alternativas, de novos aprendizados e até de ajuda solidária aos mais necessitados, bem como desfrutar com alegria da companhia dos netos, passando-lhes experiências, carinho, apoio que são sustentáculo para um bom desenvolvimento emocional e afetivo.
Pela maturidade adquirida, pela multiplicidade de experiências, a pessoa tende a ser mais seletiva, desapegando-se de coisas materiais, sentimentos negativos, procurando viver melhor, com mais qualidade de vida, mais leveza, mais tolerância, para que esta fase não seja solitária e triste, mas de fruição de afetos e partilha de emoções e sentimentos.
É resultado da conscientização da finitude de cada um, independente de religião professada, mas que, certamente, será mais bem vivida se houver uma crença e a certeza de que viver o melhor em cada etapa é fruto de uma escolha pessoal.
MANEIRAS DE VIVER

Viver implica em escolhas.
Carregamos um pesado fardo ou vivemos comprometidos com nossa felicidade.
Estes fardos podem comprometer o caminho a ser percorrido, impedindo o desenvolvimento da pessoa. Neles se incluem mágoas, decepções, rancores que devem ser enfrentados e dos quais é necessário fazer uma releitura. Dependendo de como as pessoas encaram os acontecimentos que ocorrem em suas vidas, eles poderão ter um peso positivo ou negativo.
Deixar-se derrotar com sentimentos negativos compromete o presente e o futuro. Não se trata de ignorar, de esconder de si mesmo, querendo não ver ou não sentir, mas rever, refazer, reciclar, isto é, transformar algo que já não serve que passou em algo novo e positivo capaz de gerar condutas e resultados propulsores, que induzem o indivíduo a ir em frente com mais leveza e mais qualidade de vida.
É necessário se desfazer de preconceitos, medos que são geradores de estresse, usando de imaginação para empreender a própria felicidade.
È importante desenvolver as tarefas com prazer, inclusive e principalmente o trabalho, o dia a dia dando espaço para os sonhos.
Para que tal aconteça é necessário mudar antigas concepções com relação ao trabalho e à vida reconhecendo-se como principal responsável pela própria felicidade.
O reconhecimento que a vida de cada indivíduo é fruto das próprias escolhas, é fundamental. A cada um cabe mudar o que não está sendo satisfatório para buscar a realização em todos os aspectos, ou seja, afetivo, familiar, profissional, social.
Observação: Conclusões após assistir a um DVD motivacional
COMPREENDENDO O MAL DE ALZHEIMER



Como as pessoas vivem mais do que em décadas passadas, doenças que anteriormente não se manifestavam ou eram raras, manifestam-se em grande escala.
A enfermidade leva este nome, pois foi o alemão Alois Alzheimer quem detectou a doença em uma paciente que se revelou prematuramente senil.
Nos estudos realizados após a morte da paciente foi detectado atrofia no cérebro, acúmulo de substância peculiar no tecido cerebral e emaranhados fibrosos de outra substância parecendo um cordão retorcido, dentro dos neurônios. As substâncias ou placas neuríticas e emaranhados neurofibrilares constituem o aspecto essencial para distinguir a doença de outros distúrbios neurológicos.
É uma doença degenerativa, progressiva e sem cura e de causa desconhecida.
Existem medicamentos para desacelerar a evolução e melhorar a qualidade de vida do enfermo.
No estágio inicial é confundido com característica normal do envelhecimento. Na fase intermediária já se percebe a dependência que no estágio mais avançado é mais severa, necessitando o enfermo de acompanhamento permanente, pois compromete a sua segurança bem como das pessoas que com ele residem, por não terem mais noção de como realizar as atividade normais e corriqueiras e nem se reconhecerem ou reconhecerem familiares.
Embora não haja causa definida, são considerados fatores de risco a idade, superior a 65 anos. Entretanto não significa que não possa ocorrer em paciente com menos idade. Também doenças de tireóide, traumatismo craniano, histórico familiar de doença de Alzheimer, exposição de alumínio, zinco e outros metais, além de doenças vasculares e síndrome de down.
È uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária.
O diagnóstico é alcançado através de uma análise histórica, física e mental, no qual aparecem sintomas característicos, demandando avaliação e cuidados por neurologistas, geriatras, psicólogos, fonoaudiólogos e enfermeiros.
São considerados sinais de Alzheimer, a perda de memória que afeta o dia-a-dia. Principalmente o esquecimento de eventos recentes; a dificuldade de realização de tarefas domésticas realizadas durante toda a vida, como o preparo de uma simples refeição; problemas de linguagem, como esquecer palavras simples com freqüência ou fazer substituições inadequadas.
Um outro sinal importante é a desorientação no que se refere a tempo e espaço-perder-se na própria rua onde mora; poder de análise comprometido, como escolher mal a própria roupa: problemas com o pensamento abstrato, como ser incapaz de reconhecer o que significam os números em um talão de cheques.
Também é sinal indicativo de Alzheimer colocar objetos em lugares errados, como uma fruta no roupeiro, um livro na geladeira; a combinação de comportamentos ou alterações de humor como ir de um estado de calma às lágrimas e depois ter um comportamento agressivo sem razão aparente; alterações de personalidade, como se tornar introspectivo, desconfiado, medroso ou fora dos padrões sociais normais. Por último citamos a perda de iniciativa, tornando-se muito passivo e exigindo incentivos ou “deixas” para se envolver nas tarefas.
Em média leva de 08, 10, 12 anos para o processo degenerativo se instalar completamente.
É uma doença que afeta toda a família, pelo trabalho árduo, pela sobrecarga emocional, gerando estresse e depressão. Faz-se necessário apoio psicológico, pelos conflitos provenientes, por sentimentos de culpa, angústias decorrentes, pena, raiva, solidão.
Ocorre inversão de papéis. Geralmente o cuidador é o cônjuge que também é idoso.
Face à complexidade da enfermidade é necessário uma rede de atendimento que envolve desde as consultas iniciais com vários profissionais de especialidades diferentes, visto que o diagnóstico se dá por exclusão, tratamento posterior, medicação, atendimento hospitalar, visitas domiciliares, programas de orientação e treinamento para familiares .
Ao redor dos 85 anos entre 25 a 40% dos indivíduos são acometidos do Mal de Alzheimer.
Quanto mais precoce for o tratamento melhor. Ás vezes pode ajudar o indivíduo a recuperar certas habilidades por algum tempo até que a evolução da doença faça com que sejam novamente perdidas.
As drogas podem ajudar a prevenir ou retardar o aparecimento de complicações comportamentais, agitação, distúrbios do sono, delírios. Mesmo para quem nunca tomou a medicação, o uso por uns seis meses pode não auxiliar com relação à melhora da memória, mas pode ajudar na recuperação de d funções básicas perdidas, como o controle do esfíncter.
Novas drogas estão em fase de investigação que para se mostrarem úteis requerem tempo de estudo.


Pesquisa: Seleções- Riders& Digest- Setembro de 2007-11-04
Site: http://drauziovarella.ig.com.br
http://oglobo.globo.com/vivermelhor
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