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quinta-feira, 12 de março de 2009

COMPREENDENDO O MAL DE ALZHEIMER



Como as pessoas vivem mais do que em décadas passadas, doenças que anteriormente não se manifestavam ou eram raras, manifestam-se em grande escala.
A enfermidade leva este nome, pois foi o alemão Alois Alzheimer quem detectou a doença em uma paciente que se revelou prematuramente senil.
Nos estudos realizados após a morte da paciente foi detectado atrofia no cérebro, acúmulo de substância peculiar no tecido cerebral e emaranhados fibrosos de outra substância parecendo um cordão retorcido, dentro dos neurônios. As substâncias ou placas neuríticas e emaranhados neurofibrilares constituem o aspecto essencial para distinguir a doença de outros distúrbios neurológicos.
É uma doença degenerativa, progressiva e sem cura e de causa desconhecida.
Existem medicamentos para desacelerar a evolução e melhorar a qualidade de vida do enfermo.
No estágio inicial é confundido com característica normal do envelhecimento. Na fase intermediária já se percebe a dependência que no estágio mais avançado é mais severa, necessitando o enfermo de acompanhamento permanente, pois compromete a sua segurança bem como das pessoas que com ele residem, por não terem mais noção de como realizar as atividade normais e corriqueiras e nem se reconhecerem ou reconhecerem familiares.
Embora não haja causa definida, são considerados fatores de risco a idade, superior a 65 anos. Entretanto não significa que não possa ocorrer em paciente com menos idade. Também doenças de tireóide, traumatismo craniano, histórico familiar de doença de Alzheimer, exposição de alumínio, zinco e outros metais, além de doenças vasculares e síndrome de down.
È uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária.
O diagnóstico é alcançado através de uma análise histórica, física e mental, no qual aparecem sintomas característicos, demandando avaliação e cuidados por neurologistas, geriatras, psicólogos, fonoaudiólogos e enfermeiros.
São considerados sinais de Alzheimer, a perda de memória que afeta o dia-a-dia. Principalmente o esquecimento de eventos recentes; a dificuldade de realização de tarefas domésticas realizadas durante toda a vida, como o preparo de uma simples refeição; problemas de linguagem, como esquecer palavras simples com freqüência ou fazer substituições inadequadas.
Um outro sinal importante é a desorientação no que se refere a tempo e espaço-perder-se na própria rua onde mora; poder de análise comprometido, como escolher mal a própria roupa: problemas com o pensamento abstrato, como ser incapaz de reconhecer o que significam os números em um talão de cheques.
Também é sinal indicativo de Alzheimer colocar objetos em lugares errados, como uma fruta no roupeiro, um livro na geladeira; a combinação de comportamentos ou alterações de humor como ir de um estado de calma às lágrimas e depois ter um comportamento agressivo sem razão aparente; alterações de personalidade, como se tornar introspectivo, desconfiado, medroso ou fora dos padrões sociais normais. Por último citamos a perda de iniciativa, tornando-se muito passivo e exigindo incentivos ou “deixas” para se envolver nas tarefas.
Em média leva de 08, 10, 12 anos para o processo degenerativo se instalar completamente.
É uma doença que afeta toda a família, pelo trabalho árduo, pela sobrecarga emocional, gerando estresse e depressão. Faz-se necessário apoio psicológico, pelos conflitos provenientes, por sentimentos de culpa, angústias decorrentes, pena, raiva, solidão.
Ocorre inversão de papéis. Geralmente o cuidador é o cônjuge que também é idoso.
Face à complexidade da enfermidade é necessário uma rede de atendimento que envolve desde as consultas iniciais com vários profissionais de especialidades diferentes, visto que o diagnóstico se dá por exclusão, tratamento posterior, medicação, atendimento hospitalar, visitas domiciliares, programas de orientação e treinamento para familiares .
Ao redor dos 85 anos entre 25 a 40% dos indivíduos são acometidos do Mal de Alzheimer.
Quanto mais precoce for o tratamento melhor. Ás vezes pode ajudar o indivíduo a recuperar certas habilidades por algum tempo até que a evolução da doença faça com que sejam novamente perdidas.
As drogas podem ajudar a prevenir ou retardar o aparecimento de complicações comportamentais, agitação, distúrbios do sono, delírios. Mesmo para quem nunca tomou a medicação, o uso por uns seis meses pode não auxiliar com relação à melhora da memória, mas pode ajudar na recuperação de d funções básicas perdidas, como o controle do esfíncter.
Novas drogas estão em fase de investigação que para se mostrarem úteis requerem tempo de estudo.


Pesquisa: Seleções- Riders& Digest- Setembro de 2007-11-04
Site: http://drauziovarella.ig.com.br
http://oglobo.globo.com/vivermelhor

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