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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A NOVA VELHICE

Os velhos de hoje, certamente, são diferentes daqueles de 30, 40 anos atrás.
Estas diferenças aparecem não só no aspecto externo, cuja aparência é cuidada, tratada e onde se percebe que a vaidade, a auto-estima estão presentes, mas no aspecto interno, subjetivo.
Não pensam como velhos, como seres na última etapa da vida, acomodados, à espera da morte. São pessoas ativas, empreendedoras, atualizadas, dinâmicas, que buscam novos paradigmas, superam limites e não aceitam o antigo estereotipo.
Uma velhice saudável, ativa, se constrói ao longo da vida, de acordo com o modo de viver de cada indivíduo.
É preciso ganhar tempo e não esperar que ela chegue para assumir determinadas posturas, ou para tomar contato com a nova realidade, pois se envelhece a partir do nascimento. Portanto, é um processo gradativo e sistemático.
É necessário, portanto educar a criança, o jovem para ter uma vida saudável, com hábitos que favoreçam a saúde e promovam a qualidade de vida, pois a maneira como chegarão à velhice é sua responsabilidade.
Cada ser humano deve planejar a velhice, como planeja as férias escolares, a poupança ou outro acontecimento importante.
Temos responsabilidade sobre as escolhas que fazemos e estas terão reflexo no futuro. Não é possível almejar uma velhice com saúde, apesar das limitações e imposições naturais e características da fase, se durante a fase adulta, a pessoa se comporta de modo diverso, alimentando-se mal, praticando excessos, fumando, bebendo, tendo vida sedentária.
A velhice se prepara ao longo da vida, tomando uma série de precauções, de cuidados que certamente serão determinantes. O futuro, portanto, é resultado do agora.
Estes cuidados essenciais são: Bons hábitos alimentares, o que pressupõe alimentação balanceada, com frutas, legumes, carne de frango, peixes e diminuição de gordura, sal, açúcar e carne vermelha além de evitar gorduras saturadas, que são muito prejudiciais à saúde.
É fundamental a prática regular de exercícios físicos, pelo menos uma hora. Não importa a atividade, se caminhada, natação, hidroginástica, musculação, ioga ou pilates.
O que tem que ser considerado é o gosto de cada um e o que melhor lhe favorece.
Não podemos encarar o homem de forma fracionada, e sim como ser integral, considerando os aspectos físico, mental, espiritual e social. Há que se cuidar do todo. É importante manter o cérebro ativo, através da leitura de livros, revistas, jornais, exercícios de palavras cruzadas, aprendizagem de informática, de idiomas, da interação com outros indivíduos com interesses semelhantes inserindo-se nos grupos de acordo com seus interesses e objetivos. Freqüência às atividades culturais, como exposições, apresentações musicais, teatro, cinema palestras, todas com grandes incentivos financeiros na atualidade para pessoas com idade a partir de 65 anos, é uma forma de fugir da rotina e evitar o estresse.
Auxilia muito neste aspecto, uma ocupação que faça a pessoa perceber o quanto é útil e o quanto pode contribuir com seu potencial e seu exemplo para auxiliar outras pessoas, através da prática do voluntariado.
A espiritualidade, o que não implica necessariamente em uma religião específica, mas no exercício diário da bondade, da gentileza, da solidariedade, da generosidade, de ter bom humor, alegria e ver o divino de cada ser humano, de crer em algo que transcende à vida e à matéria são práticas que levam o indivíduo a ter uma vida mais feliz.
Fortalecer as emoções, cercando-se de pessoas queridas, sem ser intolerante, considerando as diferenças e preferências de cada idade, fortalece os vínculos familiares, o que além de saudável é produtivo, pois há intercâmbio destas características específicas, com as quais os jovens vão se educando para reproduzirem estes modelos no futuro.
Associando-se a tudo isto, um fator fundamental não pode ser esquecido, que é a visita regular ao médico, com realização de exames periódicos para avaliar as condições físicas e prevenir enfermidades futuras, além de tratar as já existentes, quer através de medicamentos prescritos ou pela simples mudança de hábitos que é difícil em certos casos, mas que tem que ser encarados como possíveis.
Com o avanço da medicina, que produz em curto espaço de tempo novas descobertas, novas técnicas, novos medicamentos, a perspectiva é que a longevidade aumente, fazendo com que a média de vida que já foi muito baixa e hoje é de 70 a 72 anos, chegue aos 100 anos.
É evidente que não se chegará aos 100 anos, ou mesmo aos 70 sem nenhuma limitação ou fragilidade, porém é possível melhorar em muito, dependendo do grau de responsabilidade e consciência de cada um, visto que cada indivíduo envelhece como viveu.
Afirmamos, então, que a velhice que queremos é responsabilidade própria, pois somos o produto de nossas escolhas.

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