quarta-feira, 26 de novembro de 2008
IDOSOS E AS CASAS GERIÁTRICAS
Os integrante do Núcleo de Estudos sobre a Maturidade do CETRES decidiram fazer um trabalho visando um contato com algumas casas geriátricas de Pelotas para fazer uma amostragem da situação. O objetivo era ir além da parte teórica que cada um buscaria para embasar melhor suas conclusões pessoais, face ao assunto ser polêmico e ser até fator gerador de dúvidas e conflitos. Com isto poderíamos derrubar certos mitos com relação ao assunto proposto.
Sabe-se que nada substitui o ambiente familiar para proporcionar segurança, identificação, carinho, aconchego, bem estar, segurança e qualidade de vida ao idoso, porém várias circunstâncias podem ocorrer deixando o idoso só, sem acompanhamento devido, como ausência de filhos por não tê-los tido na época propícia, ou os tendo, por afastamento em virtude de mudança de cidade, ás vezes de estado e de país por questões profissionais. Outros fatores como morte do cônjuge, dos amigos, ausência de outros familiares, em virtude da morte dos mesmos assim como a ocorrência de famílias pequenas são variáveis importantes a serem consideradas.
Enquanto o idoso não tem enfermidade que lhes imponham limitações, perda de autonomia, lucidez, se estes dispuserem de razoável situação financeira. Até podem permanecer sós, em seus lares, contando com algum auxílio de pessoa contratada para este fim.
É importante salientar que seria importante que todas as pessoas tivessem consciência desde que sejam capazes de ter discernimento que o processo de envelhecimento começa no nascimento, que é importante durante toda a existência procurar desenvolver hábitos saudáveis em todos os sentidos, para oportunizar qualidade de vida em todas as fases da existência evitando assim o aparecimento de enfermidades crônicas, debilitantes e /ou limitantes na maturidade ou velhice. Ocorre que muitas pessoas não têm consciência disso e encaram as fases posteriores da vida como resultante do acaso e não como resultado do tipo de vida levado anteriormente e das escolhas feitas ao longo da vida. (comer em excesso ou alimentação balanceada, fumar ou não, beber ou não beber, vida sedentária ou vida ativa, cuidados regulares de saúde ou descaso). Some-se a isto, um investimento monetário para garantias mínimas na velhice, embora saibamos que a realidade financeira dos idosos é precária, não por sua culpa de uma maneira geral, mas pela precariedade da assistência previdenciária governamental.
Em função de todos estes fatores enumerados, o que se vê na atualidade são muitos idosos em instituições.
Cabe salientar que não só por tais fatores encontramos os idosos nas referidas casas, mas também pelo ritmo de vida atual, que faz com que ambos os cônjuges trabalhem para manter as famílias e proporcionarem melhores condições de vida a todos os membros da família.
A falta de condições financeiras melhores, de espaço físico nos lares, falta de profissionais habilitados para o atendimento adequado aos idosos em domicílio também acabam forçando a internação.
Uma outra situação refere-se aos filhos destes idosos, que também possuem idade mais avançada, torna-se fator importante, tendo de haver escolha para melhor sobrevivência de ambos, pois não é difícil encontrarmos idosos com 90 anos e seus respectivos filhos com 70.
Não podemos descartar aspectos mais subjetivos ou psicológicos, como a dificuldade de relacionamento, gênios mais difíceis que se acentuam na velhice e tornam a convivência difícil, além da vontade do próprio idoso de desejar viver em um ambiente menos movimentado, cheio de jovens com hábitos e costumes que ele não entende ou não aceita, preferindo a companhia de pessoas de sua idade, com quem possa trocar experiências, vivências ou opiniões ma certeza de ser entendido.
Este é na realidade um assunto delicado por envolver o emocional de todos, pelo medo da culpa superveniente, pela crítica ou por questões de dificuldades internas não resolvidas a contento.
É possível constatar que existem clínicas, casas geriátricas de diferentes níveis, desde aquela que mantém excelente padrão de qualidade, com profissionais de várias áreas atendendo e com instalações bem confortáveis e até sofisticadas. Há um bom suporte técnico. Existem as de padrão médio e outras bem mais simples.
As primeiras demandam um alto poder aquisitivo, que não é o caso da maioria da população. Nestas é possível encontrar pessoas pagas pelos familiares para servirem de acompanhantes exclusivos do idoso.
Variam as acomodações oferecidas nos tipos de clínicas existentes, encontrando-se casos de acomodações individuais, de duplas e coletivas, com os idosos separados por sexo, evidentemente. Todas requerem pagamento de valores, havendo as que ficam com o valor do benefício previdenciário, geralmente, um salário mínimo, em troca da moradia e alimentação. Medicamentos, fraldas geriátricas e atendimento médico tem de ser supridos em separado pelas famílias. Pergunta-se como fica no caso daqueles idosos que não possuem família, pois é, sem dúvida, um atendimento oneroso.
É necessário uma política específica e eficaz para atendimento do idoso e cumprimento do Estatuto.
Existem instituições que até têm idosos acolhidos sem qualquer pagamento, pela absoluta impossibilidade destes, mas são instituições mantidas pelo poder público com auxílio da comunidade, de ONGS, e de outras instituições que procuram prover as carências existentes visando melhoras nas instalações, bem como suporte emocional, crescimento espiritual, apoio afetivo, desenvolvendo assim mais qualidade no atendimento.
Apesar de sabermos ser a família fator preponderante na manutenção da moradia, alimentação (aspectos físicos, concretos) e também companheirismo, respeito, valorização, afeto, inclusão, vida social, qualidade de vida (aspectos subjetivos, psicológicos) fazendo com que ele desperte para as novas possibilidades que se abrem com a perspectiva deste novo modelo de velhice ativa, saudável, participativa que já começamos a nos deparar, podem ocorrer situações como as já descritas anteriormente, em que a internação seja indispensável ou necessária. Aquele que possui mais facilidade de interação e integração em novos ambientes, mais facilidade de relacionamento, mais capacidade de adaptação ou aceitação podem viver bem naqueles locais e até proporcionar melhor qualidade de vida para aqueles com vai conviver e viverem bastante tempo.
Quando os idosos se encontram em instituições é importante a visita constante dos familiares, a interação com os membros da família participando de eventos significativos destes, o carinho recebido para não se sentirem isolados e sós. O abandono e a contrariedade são fatores que diminuem o tempo de vida.
Concluindo enfatizamos que o atendimento ao idoso deve atender a todos os aspectos tanto na família, quanto nas instituições, sendo que nestas não pode excluir a participação familiar que certamente muito contribuirá para a saúde do idoso.
Os integrante do Núcleo de Estudos sobre a Maturidade do CETRES decidiram fazer um trabalho visando um contato com algumas casas geriátricas de Pelotas para fazer uma amostragem da situação. O objetivo era ir além da parte teórica que cada um buscaria para embasar melhor suas conclusões pessoais, face ao assunto ser polêmico e ser até fator gerador de dúvidas e conflitos. Com isto poderíamos derrubar certos mitos com relação ao assunto proposto.
Sabe-se que nada substitui o ambiente familiar para proporcionar segurança, identificação, carinho, aconchego, bem estar, segurança e qualidade de vida ao idoso, porém várias circunstâncias podem ocorrer deixando o idoso só, sem acompanhamento devido, como ausência de filhos por não tê-los tido na época propícia, ou os tendo, por afastamento em virtude de mudança de cidade, ás vezes de estado e de país por questões profissionais. Outros fatores como morte do cônjuge, dos amigos, ausência de outros familiares, em virtude da morte dos mesmos assim como a ocorrência de famílias pequenas são variáveis importantes a serem consideradas.
Enquanto o idoso não tem enfermidade que lhes imponham limitações, perda de autonomia, lucidez, se estes dispuserem de razoável situação financeira. Até podem permanecer sós, em seus lares, contando com algum auxílio de pessoa contratada para este fim.
É importante salientar que seria importante que todas as pessoas tivessem consciência desde que sejam capazes de ter discernimento que o processo de envelhecimento começa no nascimento, que é importante durante toda a existência procurar desenvolver hábitos saudáveis em todos os sentidos, para oportunizar qualidade de vida em todas as fases da existência evitando assim o aparecimento de enfermidades crônicas, debilitantes e /ou limitantes na maturidade ou velhice. Ocorre que muitas pessoas não têm consciência disso e encaram as fases posteriores da vida como resultante do acaso e não como resultado do tipo de vida levado anteriormente e das escolhas feitas ao longo da vida. (comer em excesso ou alimentação balanceada, fumar ou não, beber ou não beber, vida sedentária ou vida ativa, cuidados regulares de saúde ou descaso). Some-se a isto, um investimento monetário para garantias mínimas na velhice, embora saibamos que a realidade financeira dos idosos é precária, não por sua culpa de uma maneira geral, mas pela precariedade da assistência previdenciária governamental.
Em função de todos estes fatores enumerados, o que se vê na atualidade são muitos idosos em instituições.
Cabe salientar que não só por tais fatores encontramos os idosos nas referidas casas, mas também pelo ritmo de vida atual, que faz com que ambos os cônjuges trabalhem para manter as famílias e proporcionarem melhores condições de vida a todos os membros da família.
A falta de condições financeiras melhores, de espaço físico nos lares, falta de profissionais habilitados para o atendimento adequado aos idosos em domicílio também acabam forçando a internação.
Uma outra situação refere-se aos filhos destes idosos, que também possuem idade mais avançada, torna-se fator importante, tendo de haver escolha para melhor sobrevivência de ambos, pois não é difícil encontrarmos idosos com 90 anos e seus respectivos filhos com 70.
Não podemos descartar aspectos mais subjetivos ou psicológicos, como a dificuldade de relacionamento, gênios mais difíceis que se acentuam na velhice e tornam a convivência difícil, além da vontade do próprio idoso de desejar viver em um ambiente menos movimentado, cheio de jovens com hábitos e costumes que ele não entende ou não aceita, preferindo a companhia de pessoas de sua idade, com quem possa trocar experiências, vivências ou opiniões ma certeza de ser entendido.
Este é na realidade um assunto delicado por envolver o emocional de todos, pelo medo da culpa superveniente, pela crítica ou por questões de dificuldades internas não resolvidas a contento.
É possível constatar que existem clínicas, casas geriátricas de diferentes níveis, desde aquela que mantém excelente padrão de qualidade, com profissionais de várias áreas atendendo e com instalações bem confortáveis e até sofisticadas. Há um bom suporte técnico. Existem as de padrão médio e outras bem mais simples.
As primeiras demandam um alto poder aquisitivo, que não é o caso da maioria da população. Nestas é possível encontrar pessoas pagas pelos familiares para servirem de acompanhantes exclusivos do idoso.
Variam as acomodações oferecidas nos tipos de clínicas existentes, encontrando-se casos de acomodações individuais, de duplas e coletivas, com os idosos separados por sexo, evidentemente. Todas requerem pagamento de valores, havendo as que ficam com o valor do benefício previdenciário, geralmente, um salário mínimo, em troca da moradia e alimentação. Medicamentos, fraldas geriátricas e atendimento médico tem de ser supridos em separado pelas famílias. Pergunta-se como fica no caso daqueles idosos que não possuem família, pois é, sem dúvida, um atendimento oneroso.
É necessário uma política específica e eficaz para atendimento do idoso e cumprimento do Estatuto.
Existem instituições que até têm idosos acolhidos sem qualquer pagamento, pela absoluta impossibilidade destes, mas são instituições mantidas pelo poder público com auxílio da comunidade, de ONGS, e de outras instituições que procuram prover as carências existentes visando melhoras nas instalações, bem como suporte emocional, crescimento espiritual, apoio afetivo, desenvolvendo assim mais qualidade no atendimento.
Apesar de sabermos ser a família fator preponderante na manutenção da moradia, alimentação (aspectos físicos, concretos) e também companheirismo, respeito, valorização, afeto, inclusão, vida social, qualidade de vida (aspectos subjetivos, psicológicos) fazendo com que ele desperte para as novas possibilidades que se abrem com a perspectiva deste novo modelo de velhice ativa, saudável, participativa que já começamos a nos deparar, podem ocorrer situações como as já descritas anteriormente, em que a internação seja indispensável ou necessária. Aquele que possui mais facilidade de interação e integração em novos ambientes, mais facilidade de relacionamento, mais capacidade de adaptação ou aceitação podem viver bem naqueles locais e até proporcionar melhor qualidade de vida para aqueles com vai conviver e viverem bastante tempo.
Quando os idosos se encontram em instituições é importante a visita constante dos familiares, a interação com os membros da família participando de eventos significativos destes, o carinho recebido para não se sentirem isolados e sós. O abandono e a contrariedade são fatores que diminuem o tempo de vida.
Concluindo enfatizamos que o atendimento ao idoso deve atender a todos os aspectos tanto na família, quanto nas instituições, sendo que nestas não pode excluir a participação familiar que certamente muito contribuirá para a saúde do idoso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário